sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sobre responsabilidade

Disso eu posso falar com maior conhecimento de causa.
Eu precisei assumir responsabilidades bem cedo.
Não chegou a ser um enorme sacrifício, porque a minha natureza sempre foi mais pra responsável, mesmo.
A minha mãe nunca precisou ficar no meu pé pra que eu estudasse, por exemplo.
É claro que assumir as responsabilidades de ser adulto é diferente, mas imagino que seja menos sofrido pra quem desde cedo não tenta escapar delas.
Então, quando eu precisei me responsabilizar totalmente pela minha vida, pelo meu sustento e pelos meus objetivos; eu tive medo sim, mas ao mesmo tempo eu encarei sem grandes hesitações.
Algumas vezes eu me senti (e às vezes ainda me sinto) sozinha.
Já achei isso injusto e pensei como a minha vida poderia ter sido se eu tivesse tido mais apoio.
Mas depois de passar por tantas coisas, eu me orgulho da pessoa que eu sou, da maior parte das coisas que fiz, do quanto de coisas eu encarei sozinha.
Por um lado, não foi uma opção, vários acontecimentos me levaram a essas responsabilidades, a ter que assumi-las sozinha.
Por outro lado, foi também uma opção, porque em alguns momentos eu pude escolher continuar encarando as coisas sozinha ou dividir essas responsabilidades com outra pessoa.
Até agora, por vontade da vida e pela minha, sigo só com os meus compromissos.
Mas, como eu disse, existe um orgulho disso.
E um certo companheirismo com as responsabilidades.
Sinto que nos entendemos bem.
E eu acho que isso vem justamente da compreensão de que as responsabilidades não precisam ser nossas inimigas.
Quando aceitamos as nossas responsabilidades, elas não ficam chutando as nossas canelas o tempo todo.
Elas nos ensinam muitas coisas.
Não odeie as responsabilidades, não.
Elas podem ter má fama, mas na verdade elas não são más.

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