quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sobre a opinião dos outros

Há quem diga que a opinião dos outros não importa.
Não penso assim e, sinceramente, duvido de que quem diz isso de fato nunca tenha sido afetado pela opinião de quem quer que seja.
Minha mãe costuma dizer que ninguém vive sozinho, no sentido de que ninguém vive isolado, como naquela famosa frase "Nenhum homem é uma ilha", do poeta inglês John Donne.
Então, de uma maneira ou de outra, a opinião das pessoas nos afeta.
Especialmente a das pessoas mais próximas, mais queridas.
Isso não significa que a gente deva viver em função da opinião dos outros, ou de acordo com essa(s) opinião(ões).
Significa estar consciente de que essas opiniões podem ser diferentes - até mesmo opostas, e que as divergências podem ter desdobramentos bons ou ruins, mais ou menos graves.
Eu acredito que cada pessoa possui pleno direito a ter suas opiniões.
E a defendê-las quando julgar necessário.
Até porque, como diria uma outra frase famosa, de Martin Luther King, "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Devemos saber o momento de não calar. O silêncio dos bons já fez muitas vítimas ao longo da História.
Não é sempre fácil saber quando falar ou calar, é um exercício de sensibilidade.
O mundo inteiro não precisa saber tudo sobre você.
Privacidade, intimidade, são necessárias também.
Algumas questões só dizem respeito a você e talvez a outras poucas pessoas, bem próximas.
Essas convém preservar. O silêncio pode ser um ato de sabedoria.
Outras, no entanto, dizem respeito a muitas pessoas, e são sérias.
Não devemos ser coniventes com injustiças ou maldades.
Porque, nesses casos, o silêncio pode ser covardia.
A opinião dos outros não é responsabilidade sua.
Mas é importante estar preparado pra ela.
E saber a sua verdadeira opinião sobre as coisas.
Pra usar, quando for o caso.

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